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                   Foto E BIOGRAFIA extraídaS de ELIAS BLANCO:  
                    http://elias-blanco.blogspot.com/2012/02/luis-felipe-lira-giron.html 
                   
                    
                  LUIS  FELIPE LIRA GIRON 
                  (  Bolívia ) 
                    
                  LIRA GIRÓN, Luis Felipe (Sucre, Bolívia, 1903  – Caracas, Venezuela, 1978).- Poeta e jornalista. 
                    Advogado, ingressou no serviço diplomático e  exerceu funções no Peru, Argentina, Equador e Espanha. Ele participou da  Guerra do Chaco. Após a revolução de 1952, ele foi exilado e se estabeleceu  em Caracas, Venezuela. No campo do jornalismo, esteve ligado a 'La Mañana'  e 'La Prensa' em Sucre. Foi Diretor da revista 'La Ilustracion' de La  Paz. Vencedor de vários concursos literários. Membro da Academia  Boliviana de Línguas. Seu trabalho está espalhado em jornais e revistas. 
                    Saturnino Rodrigo destaca: "Sua poesia, ainda  mais do que a de Claudio Peñaranda, era pura poesia rubendária, um pouco mais  elegante, um pouco sonora, mas musical /.../. Mas Lira não era apenas um  grande poeta, era também um magnífico orador e um excelente prosador". 
                    Escreveu para as mães expressando: "O que  devo cantar para você, mãe, o que te dizer / em nome da arte, se minha arte /  não te vendo calar, cantei ao olhar para você / e te procurei no sombras ao  sentir você." 
                    
                  TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM  PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm.   
                                                                               Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  RITORNELLO EN SOMBRA MAYOR 
                     
                         II 
                  Entonces  fue para mi sol, la nube; 
                    entonces resecó la vida del día. 
                    El sátiro aplastóse ante el querube 
                    con la esperanza y la melancolía. 
   
                    ¿No será que sus manos, las señales 
                    de una cruz negativa, con desgaire, 
                    han trazado al fulgor de los puñales 
                    de sus miradas fijas en el aire? 
   
                    Y como en ella la Esfinge, se escondió, evidencio 
                    dolor, dolor de garra o catapulta… 
                    ¡Y pasan los silencios en silencio!# 
   
   
                    IV 
                  Dios y  mis dioses, ellos sólo han visto 
                    en flagelo interior qué en mí se irrita. 
                    Hubo una rosa en el llagado Cristo 
                    y una espina en la frente de Afrodita. 
   
                    Sí así mis dioses con mi Dios quisieran 
                    en mi orquesta interior poner su pauta!.. 
                    ¡Cómo mis horas en su loor dijeran 
                    fugas de lira y trémolos de flauta! 
   
                    Tendría mis olivos en corona, 
                    el sacrificio azul, mis frescos nardos 
                    y el blanco ditirambo que pregona 
                    el vasallaje gris de mis leopardos. 
                    
                   
                    TEXTO EM PORTUGUÊS 
                      Tradução LIVRE de ANTONIO MIRANDA 
                    
                  RITORNELLO EM SOMBRA MAIOR 
                     
                         II 
                  Então foi-se para meu sol, a nuvem; 
                    então ressecou a vida do dia. 
                    O sátiro esmagou-se ante o querubín 
                    com aa esperança e a melancolia. 
   
                    Não será que suas mãos, os sinais 
                    de uma cruz negativa, com desaire, 
                    traçaram ao fulgor dos punhais 
                    de suas miradas fixas no ar? 
   
                    E como nela a Esfinge, se escondeu, evidencio 
                    dor, dor de garra ou catapulta… 
                    E passam os silêncios em silêncio! 
   
   
                  IV 
                  Deus e meus deuses, eles somente hão previsto 
                    em flagelo interior que em mim se irrita. 
                    Houve uma rosa no chagado Cristo 
                    e uma espinha na fronte de Afrodita. 
   
                    Se assim meus deuses com meu Deus quiseram 
                    em minha orquestra interior colocar sua pauta!.. 
                    Como minhas horas em seu louvor disseram 
                    fugas de lira e trêmulos de flauta! 
   
                    Teriam minhas azeitonas em coroa, 
                    o sacrifício azul, meus frescos nardos 
                    e o branco ditirambo que pregoa 
                    a vassalagem azul de meus leopardos. 
                    
                    
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                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                    
                  Página publicada em julho de 2022 
                    
                
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